A emoção de fazer a primeira
feijoada. A faxina intercalada com a cozinha. O domingo fora de casa. O beijo,
o toque, o olhar. As conquistas, as perdas. As datas, cronogramas e horários
calculados. Momentos.
Dia após dia, cheios ou vazio,
vou preenchendo minha agenda com histórias e momentos que por ora já são recordação.
Me lembro de anos atrás, adolescente, querendo uma vida louca, cheia de
compromissos, telefonemas e responsabilidades. Grandes responsabilidades exigem
autonomia e foco nos processos para não atrapalhar os resultados.
Tenho me sentido mais dono de
mim, segurando minhas próprias coleiras e domando minhas próprias feras. Sem
medo ou vergonha, declaro aos ventos meus medos e angústias e sobretudo minhas
tristezas. Estou mais aberto à vida do que jamais estive.
Perplexo, ansioso e às vezes
receoso, tenho levado dias felizes e completos. Com beijos, abraços, risos,
alegrias, tristezas, preocupações…Me feito mais normal e mais humano, mais
carnal, mais narrativa e poesia. Independente de horários, datas, compromissos
e quadradinhos em que tenho de me colocar – Aluno, funcionário, filho, irmão,
professor, monitor e blá blá blá – vou me desenhando livre sobre os versos que
a vida me escreveu.