Cupim À Mesa.

18:16:00

Cupim à mesa com um vinho merlot servido numa taça de um vidro tão fino que quase aparenta ser cristal. Estamos frágeis como as duas taças se tocando em meio ao brinde. Arroz, batatas, cupim, vinho, uma música tocando longe na cozinha e o ventilador ligado esfriando o ambiente. Há dois perfumes se misturando, um deles da comida, o outro do creme que nutre os seus cabelos que, por desejo próprio, devem estar entre meus dedos antes mesmo da sobremesa. Somos nós dentro de sessenta metros quadrados rindo das coisas do passado. Fotografamos alguma coisa e eu posto numa rede social. É o fim da noite, imaginam os outros, quando começamos a viver aquilo que nos interessa. Seu nariz, desenhado como uma flecha, não tem outra função senão coroar seus dentes. Você quer dizer alguma coisa, mas eu, faminto dos teus lábios sobre os meus, digo em alto e bom som: -Me beija. Me revoluciona!

Cupim à mesa. Sete horas da manhã. É hora de acordar.

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