Signature

09:30:00

Medo. Angústia. Incerteza. Ansiedade. Minha cabeça é uma guerra nuclear em curso.

Permaneço confiante, paciente e intuitivo, crendo nas coisas maravilhosas que a vida pode proporcionar e principalmente na leveza com que ela pode abrir ou fechar uma porta. Consegui, finalmente, um estágio bem remunerado, numa instituição interessante e desenvolvendo uma atividade de meio de campo que é bem a minha cara. Qualquer pessoa, em minha posição, estaria feliz e radiante. Entretanto, dentro de mim vivem outros mil Philippe's.

Há quase um ano atrás eu estava, num domingo, com os mesmos sentimentos e a mesma mistura de medo, angústia e sensações doloridas. Viver é ter de lidar com essas dores, esses machucados e continuar sofrendo, uma noite ou outra quietinho no meu quarto, para estar em pé no outro dia. Não há tempo para ser desperdiçado com tristeza quando se tem mil coisas para fazer.

Estou chegando num momento crucial para a minha vida. Dizem ser, todavia não tenho certeza disso. A faculdade terminando, as contas vencendo, os prazos correndo, o futuro chegando e o presente tão cheio de coisas. Muita coisa ao mesmo tempo que por muitas vezes foi nada em muito tempo. Coisa louca essas transformações que acontecem com a gente, não!?

O tempo corre, não sei se a favor ou contra mim, e as coisas vão acontecendo. Meus ansiolíticos parecem não ser o suficiente para acalmar essa mente em polvorosa. Mil projetos, mil sonhos, mil vidas passando por mim. E eu aqui, tentando pular nesse trem e chegar em algum lugar. Fugir, correr, ficar, não ir. Às vezes, ter medo é sinônimo de manter os pés no chão, a cabeça erguida e o peito aberto pra lutar. Outras vezes, muito piores, ele se torna medo até mesmo de vencer. Não cheguei a esse ponto.

Independente das lutas, das angústias, dos remédios, continuo seguindo e deixando minha assinatura no mundo. Philippe Gama, 22 anos, nascido lorenense, passou por aqui... E brilhou.

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