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16:57:00

De repente, não mais que de repente.

A vida faz a gente esquecer. Não o ''esquecer'' de não saber do que se tratou e de como foi o trator que passou ceifando nossas lavouras. O destino é faceiro em atender os nossos desejos de esquecer quem ou o que tanto nos feriu, em fechar as chagas abertas que tanto se inflamaram e nos fizeram, dias e noites, permitir que uma lágrima escorresse.

Não se esquece. Perdoar não é esquecer, é lembrar sem sofrer. E o destino, ah, o destino!, ameniza as dores da separação, da partida, da despedida, com as lembranças dos momentos que foram suficientes para construir nossas trajetórias pessoais. A relação que não deu certo a partir de determinado momento, deu certo até que esse momento chegasse. A despedida que marcou só aconteceu porque antes havia presença. O sonho que foi ceifado, floresceu por alguns meses, dias, horas e minutos, até que a realidade visse à tona. 

Pensando nesses olhos mais otimistas, encontro tempo para a família, meu diário, meus projetos pessoais e as dores que antes inflamaram, doeram e ruminaram meu coração, perdem espaço cada vez mais. Ser livre, sobretudo, é não carregar peso demais onde não comportamos. Raiva, ódio, rancor, tristeza...essa bagagem pode ser extraviada em qualquer aeroporto pois não faz falta alguma. Próxima parada: ali.

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