Sobre discursos, empregos e preocupações.

08:20:00

Fui eleito orador da turma. Não faço ideia do que posso falar. Como diria o conformista: a vida tem dessas.

Tenho lidado todos os dias com problemas dos mais diversos tipos. Do condomínio ao trabalho, passando pelo transporte e pela máquina de lavar que está se tornando obsoleta antes da hora. Essa história de que alunos de uma universidade renomada como a USP saem empregados é mentira. Balela. E isso me preocupa: e agora?

A faculdade foi o grande propulsor e razão da minha vida em São Paulo. Desde quando eu chorava por uma hora dentro do ônibus que saía do interior pra cá nas tardes de domingo, até o ano passado (que está tão próximo que é quase presente) em que eu me formava. Semana que vem já é a colação de grau e o baile de formatura, o decreto final vem daqui uns dias quando eu apresentar meu trabalho de conclusão de curso. E agora?

A vida laboral tem imposto diversas dificuldades tanto a mim como a ela própria. Eu sinto cada vez mais que as organizações em geral não estão tão modernizadas e preparadas para receber um gestor ou gestora de políticas públicas. Muito menos pra receber um Philippe Gama, com tantas inconstâncias. Meu olhar sisudo não demonstra minha motivação ou satisfação pessoal, também pudera, eu enfrento tantos problemas diariamente que limitar tudo a um rostinho só é pífio. 

Afora o trabalho, vem meu coração inteiramente despedaçado me questionar a respeito do futuro: E agora, como a gente se reconstrói? É aquela receita de bolo que eu esqueci de anotar porque lembraria fácil e esqueci de fato. Será que as pessoas se lembram de mim aos domingos como eu lembro delas? Estou cansado, entristecido e preocupado. É pressão de todo tipo, pra todo lado, e uma questão se mantém pendurada em todas as paredes: E agora? Agora eu me derreto em água por aí...tá foda!

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