Vinte e tantas primaveras.

17:13:00

Esses dias foi meu aniversário. Diferentemente dos outros anos em que eu tentava, minimamente, comemorar e escrever um texto bem próximo à data, acabei indo por um caminho diferente. Sem comemorações, restou-me lidar com a introversão pisciana e encarar o cenário desgastante e desgostoso dessa vida.

Passadas essas reflexões, tenho percebido que como um aeroporto, onde chegadas e partidas me são naturais, a parte mais difícil dessa rotina não está em lidar com as coisas que se foram, mas sim em encarar as partes que ficaram. Quando pessoas, sentimentos, situações e coisas mil entram e saem, a única coisa que sobra somos nós mesmos.

Como um cenário de guerra. Um quarto de pré adolescente.

Entre indas e vindas, sobramos nós.

Bagunçados.
Chateados.
Tristes.

E encarar isso é a parte mais difícil. Por onde a gente começa a arrumar a bagunça que nós mesmos fizemos? Que na próxima primavera eu tenha encontrado essa resposta. E consiga escrever um texto melhor.

Não era a hora certa. Não é a hora certa. Ele só não quis.

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