A volta.

14:48:00

Quando eu escrevo acabo me tornando uma pessoa melhor. Sempre foi assim. Eu me lembro dos primórdios das minhas aventuras em um blog, era uma sexta-feira santa e eu descrevi como havia sido aquele dia. Era o primeiro feriado que eu passei sendo filho de pais separados. A partir deste drama, novos vieram, como a primeira namoradinha, o primeiro amor, o primeiro trauma, as paixões momentâneas, as descobertas, o twitter, o tumblr, novas descobertas, a mudança de cidade, a universidade, o wordpress e o fim do wordpress.
O Fdp Em Apuros foi uma aventura. Ali eu sofri por três amores diferentes sem querer sofrer. (E só não sofri mais porque escrevi). Mas voltando: escrever sempre foi bom pra mim. Sempre gostei de pegar uma folha branca timbrada com um cabeçalho com o símbolo da rede adventista e explanar uma dissertação que chegava, quase sempre, às notas máximas. Sempre foi um prazer ter ideias fervilhando em minha cabeça e conseguir transmiti-las ao papel tão bem, mas mais do que as redações de colégio, vieram as redações de vestibular, principais responsáveis por eu estar hoje dentro de uma universidade e enfim os poemas. Ah, os poemas!
A cada segundo eu poetizo: seja sobre tudo, seja sobre nada. Cada pedacinho que meus olhos enxergam entrar dentro do meu coração pra virar poesia, e poesia tem sua particularidade: ninguém pode corrigir. Quem ousaria criticar algo que só quem escreveu, pensou e sentiu sabe o que significa? Eu não teria peito para tal. O fim do Fdp Em Apuros foi espontâneo, deixou um vazio. De repente eu acordei cansado, queria reclamar e não podia: eu botei o último ponto final. Ou interrogação. E terminei escrevendo pra quem foi o motivo pelo qual comecei, de certo modo, foi o fim de um ciclo de um amor interminável que sempre existirá, mas que não precisa de tanto espaço assim.
E então, apaixonado por escrever que sou, eis mais um projeto do meu ser, ou melhor, Enfeite do Meu Ser. Eu espero não precisar explicar tantas vezes, como no Fdp Em Apuros, o significado do nome deste blog. É um trecho de música. O que ela diz? Porque esta? Não sei, só sei que foi assim. As palavras voltaram pra mim, e eu estou faminto delas!

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