Um dia.

18:33:00

A gente anda de picos em picos,
Como gráficos matemáticos,
Não sabemos pra onde as vertentes vão.
Um dia, sempre há um dia
Em que a perna é menor que os espaçamentos
E paft! É só lamento.
Um dia a gente cai, isso é uma verdade.
Tampouco importa o tamanho do tomo,
Cair é sempre cair.
Mas não há machucado que sangre sempre,
Não há dor que doa sem parar de doer.
Não há unha que a gente roa sem marcas do roer.
Um dia, sempre há um dia
Em que o passo é maior que a perna.
Aí a gente toma um banho, encolhe na cama,
Se cobre de sonhos, molha o travesseiro e dorme.
Há um dia para chorar e dormir.
Há um dia para acordar, sempre há um novo dia.

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