Regresso.

17:27:00

Pior que a morte de fato é a morte de quem ainda vive. A morte de quem ainda existe, ainda cumpre sua rotina mas que, dentro de nós, se torna apenas uma lápide com umas pouca flores mortas. Aqui jaz o passado, tão cheio de cicatrizes, tão marcado, tão completo, tão feliz. 


Uns se vão para sete palmos abaixo da terra, se decompõem e se preparam para viver de novo em outro lugar. Outros se vão de outra forma mas com o mesmo propósito: cumprir outras etapas dessa missão terrena.

Independente de quem se vai, ou quem fica, da forma como se vai ou da forma como se fica, a saudade é o elo entre a lembrança e o tempo presente. Sempre alguém irá embora, sempre alguém irá chegar e quando, sozinhos nos encontrarmos, é a nossa hora de partir. 

A vida começa a se esvaziar homeopaticamente quando estagnamos após cumprir uma missão. Uma meta, um alvo, uns kilos, cada um pára depois de cumprir aquilo que quer, e independente do nosso desejo de ficar, todos nós precisamos partir. A pior morte é a de quem morre dentro de nós e ainda vive, melhor do que morrer pra alguém é buscar viver sempre para outros. Onde quer que estejamos, há sempre um lugar pra voltar e eu escolhi voltar pra você. Te amo. Gustavo.

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