De 2012 a 2017.

15:23:00

Ontem, quando veio à tona uma foto de 2012, no show do Zé Ramalho, há quase exatos cinco anos atrás, me fiz aquela pergunta intrigante: O Philippe dessa fotografia, de 2012, teria orgulho do Philippe de 2017, o de agora? Perguntas como essa e tantas outras me deixam extremamente reflexivo e bucólico. Qual o sentido de sentir orgulho de si mesmo? Que sentimento é esse? Me questiono e não sei o que realmente é, mas fato é que olho para trás, bem pra trás e sinto que eu venci, cresci e sou maior do que era.

O Philippe de 2012 também era cheio de sonhos, desejos e tinha o mesmo medo e angústia que trago no peito hoje de que as coisas dessem errado. Aquele Philippe não só queria passar no vestibular como também queria morar em São Paulo, beijar mais bocas, conhecer mais gente, estar mais próximo e presente no mundo e, sobremaneira, voar. Eu me lembro que 2012 foi um ano extremamente complicado. 

Eu tinha em mim uma derrota, uma luta diária e um desejo pela vitória. Precisava conquistar e alcançar meus objetivos e meus sonhos, precisava encontrar os caminhos que sempre busquei. Jamais imaginaria que fosse viver tudo o que sonhava, desde festas que eu gostaria de conhecer na Rua Augusta, às festas de faculdade, a militância política, a cidade de São Paulo de ponta a ponta - no que cabe entre Ermelino Matarazzo e Butantã, ao menos. De tudo vivi um pouco.

Se pudesse encontrar aquele quem eu era em 2012 fisicamente, certamente o abraçaria. ''Cara, você conseguiu!''. Me lembro das pessoas que diziam ''Calma, você vai passar por tudo isso e vai conseguir vencer.'' Peço desculpas se duvidei ou por imaturidade ou por desânimo, elas estavam certas, eu passei por tudo e venci. Conheci, vivi e senti. Ainda que não tenha alcançado todos os objetivos, todos os desejos e todos os sonhos, eu consegui me encontrar e me reconhecer mais, me encontrar dentro de mim mesmo.

Hoje eu sou mais maduro, mais livre de amarras, preconceitos e dogmas, tenho uma visão mais ampla e mais do que tudo - sei quem eu sou. E ter a certeza de quem sou me faz ser mais forte, mais firme e mais capaz de ir adiante. Ainda que em dias nublados, ainda que em dias tristes, ainda que em dias bucólicos, tenho sido forte, leal, companheiro e fiel à tudo aquilo que acredito e sempre acreditei, tenho sido o Meu Ser onde quer que for, onde quer que eu esteja.

Certamente o Philippe de 2012 se orgulha do Philippe de 2017. Mantenho sonhos, mantenho medos, mantenho angústias. Mas carrego aqui dentro minha fé, minha força e minha convicção de que a vida é mesmo aquela roda gigante que o vovô dizia, se hoje estou aqui embaixo, amanhã terei a visão panorâmica lá de cima. O que importa é reconhecer. E meu reconhecimento sobre quem era, quem sou e quem posso ser é o que me vale, me faz e me contempla. 

Obrigado mundo, obrigado vida, obrigado pessoas. Pelas coisas boas e mais ainda pelas coisas ruins. Hoje eu sou maior que as muralhas. 

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