Falta.

18:38:00

Eu senti a sua falta. Depois de tanto ter sua presença, senti o amargo da ausência de quem nunca colocou os dois pés no meu caminho. Às vezes as nossas rotas paralelas apenas se encontraram pra que seguíssemos rumos diferentes. Tudo na vida nos dá duas opções e nós escolhemos os nossos caminhos. Sabe-se lá se você foi pela direita ou pela esquerda, eu escolhi o meio, a corda bamba, escolhi o privilégio da dúvida nos outros e a certeza latente de apenas seguir em frente.

Não importa se seguir em frente também é voltar, o que importa são os olhos focados no horizonte. E querido, você me faz correr atrás dos horizontes dessa highway que é a vida. Já nos cruzamos por um momento e agora? Onde teremos que definir nossos rumos novamente? Há um grande receio em mim de não saber mais para onde ir quando você resolver aparecer de novo por que quando você vem à tona é um tsunami. Eu ainda sou o mesmo poeta que se ausenta de quem é para ver de que lado o prisma brilha mais forte e há um sol dentro de você que me faz enxergar todas as cores. O resto é fosco e ruim demais. A sua transparência me encanta.

Eu senti a sua falta. Aquela que nos faz questionar o motivo pelo qual a ausência é tão presente e tão pulsante. Dessa vez você não está, não por que não cruzou comigo mas por que já esteve. E quando alguém que aquece tanto nossa fornalha decide sair para os seus voos de liberdade, nós ardemos com medo de apagar. Você sempre está aqui e a sua falta dói. Que linha liga o meu coração ao teu? Em que tronco encontro talhado teu nome e o meu?

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