Saudade.

14:28:00

Hoje bateu saudade
Quando o vento gelado do Císper
Encontrou minha pele semi-dormida,
Ainda amassada, andando pela rua
Com destino, mas sem rumo.

Bateu uma saudade tão grande daquele dia
Que, veja só, já fazem meses que se foram
E eu nem percebi. Nem você.
Me lembrei de como ri com seu sorriso,
De como chorei, depois, as suas lágrimas.
Da energia que absorvi ao ter em você o sol.
O sol dos seus olhos.

Deu saudade, de verdade,
De doer um pouquinho até,
De lembrar de que foi, foi, foi...
E nunca mais será?
Saudade do oceano em que mergulhei
Tentando escapar das minhas próprias armadilhas.
Que dias! Que dias!

Quando o vento gelado do Císper entrou
Rugindo dentro dos meus pulmões
E meu peito aberto se arrepiou, temeroso da doença,
Deu saudade.
Porque quando a saudade dá, é praga,
A gente sente muito, mesmo, de verdade!
Mas a gente tem medo do perigo que ela é.

Hoje deu saudade, porque ontem deu dor,
E antes de ontem, bem, a rima é óbvia...
Deu saudade daquele dia que nenhum será igual,
Que dia fantástico que me saudou
Com o vento gelado do Císper!
Porque foi assim: rugiu em mim, fiquei com medo e passou.
A saudade me esfriou, é bem verdade,
Mas as lágrimas aquecem, porque quando dá saudade,
Ah, como eu sinto!

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