Sentado olhando pro nada, são tantos rostos que se formam na minha parede que não consigo enumerá-los. Há olhares que julgam, olhares que sentem dó, olhares que querem dizer algo, mas todos eles se desfazem quando meus olhos piscam. Eu estou perdendo minhas fichas em apostas ocas pra viver entoando o ''pelo menos tentei'' como se isso fosse motivo de orgulho. Eu estou envergonhado de mim. Não tenho coragem de me olhar no espelho e tentar, mesmo que sem sucesso, reconhecer quem sou. ''Você não é nada, Phil, você é o Phil.'' Ouço a voz como se tivesse naquele mesmo dia. Eu não sou nada. Essas lembranças, essas mágoas, essas tristezas é que o são: meu mar. Mais uma gota e eu transbordarei.