Tempos.

18:06:00

Há o tempo de falar e o tempo de calar. Há o tempo de ir em frente e o tempo de esperar. Há o tempo de buscar e o tempo de esperar. Há o meu tempo e o tempo do outro - e esse é o mais difícil de lidar.

Não que eu não respeite a liberdade individual que cada um tem em querer não escutar, não falar, não compreender, não estar, não ficar e (até mesmo) não viver. É que no tempo do outro há, paralelamente, o meu tempo de duvidar, de sofrer e de me roer por inteiro com as salas de espera que a vida me coloca.

Há o tempo do outro e o meu tempo, que coloca em xeque todos os meus preconceitos, meus dogmas e minhas verdades mal elaboradas. São dias em que me pego quase rasgando a folha de seda com o giz de cera entorpecido pela raiva da minha cegueira - por que eu não compreendo o outro? Não somos um cristal como os sentimentos que se quebram e me fazem ficar juntando os caquinhos com dó de jogá-los no lixo. A vida é resiliente e num desses tempos dentro do nosso tempo eu acabo compreendendo tudo e, no mais, sigo com os pés na terra e os olhos no universo.

Há o tempo de chorar com a realidade, há o tempo de sonhar com o futuro. Que seja próspero e bem vivido.

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