Quem me vê.

19:22:00

O que é visto dessa tez quando olhada do prisma de fora?
O que é visto dessa tez se eu pudesse mirá-la de fora de mim?
Eu não sei se quem me vê, me vê como eu mesmo vejo a mim:
O pleonasmo da ilusão do sonho de manter em mãos grandes
Pequenos desejos da alma, ensejando pra se conjugar: fazer!
E tremendo em suas calças, ouvindo o eco de fora que lhe permite: temer!

O que me dizem os espelhos d'alma de outrem?
Como me enxergam, quando cansa minha cabeça ele?
E meus ombros pesados, fatigados, suados dentro do trem?
Quem me garante a beleza que poucos dizem que retenho
Se o sentimento, intrínseco, não confirma ou refuta tais dizeres?
Sou eu, o bloqueio dos prazeres?

De que me adianta a alma grande, se o que me garante
É ser, por fora, grande, gigante, largo e bastardo?
É como estar num lago não vendo reflexo, não tendo nexo...
Eu sou o que sou, ou eu sou o que pareço ter? Complexo.
E se a complexidade de ser quem sou, me permite dizer o que eu quero:
-Você que me vê, me vê como eu quero?

You Might Also Like

0 comentários

Subscribe