Erro meu acreditar que tudo seria diferente.

       Erro meu continuar mantendo as linhas intactas de relações de tiro ao alvo. E que alvo grande sou eu que já tenho um nicho próprio do preconceito: gordofobia. Rárárá, chamem o Macaco Simão urgente! Não, essa piada aí não teve graça, esqueçam o colunista. Até que ponto a vida vale a pena? Eu me pergunto e não sei responder.
      ''Jamais''. Escrevi até um poema sobre essa palavra que ficou no meio do dito pelo não dito e não sei se foi, ou não, dita. De qualquer forma: jamais. Serviu-me pra um poema. Que foi mais um desperdício, assim como aqueles tantos outros, assim como aquele alter ego, assim como a vida. Não funcionou, não colou, não deu pra declamar...só reclamar. Aliás, eu reclamo demais.
      A vida está passando colorida e saltitante e eu estou preso ao preto e branco sem graça que eu - escolhi - ser. Não escolhi, mas se me disseram que escolhi, eu acato a decisão de olhos fechados. Assim como os caminhões de estrume que já tive de engolir: Ah, dessa vez passa! Dessa vez vai! De tanto viver no ''E se!'' e no ''Só dessa vez'', eu perdi vida. Perdi séculos e séculos de experiências que foram unicamente pensadas para impressionar o outro. Não gosto desse tipo de música, ok, mas vou ao show. Não deu. É...........É........
      A vida anda uma desgraça sem nexo mesmo, e eu não consigo mais compreender o porque de certas coisas. Quanto mais a gente mexe, mais a gente se lembra o porque não deveria estar no mesmo lugar. ''Porque eu ainda continuo? Porque eu ainda insisto em abrir meu coração? Porque eu ainda insisto em escancarar o meu íntimo?'' Há carmas que podem ser mudados? Quando chega o carnê de quitação?